“A messe é grande, mas os operários são poucos”. Uma frase tão comumente dita pelo Diácono Celso, não só expressa a necessidade de leigos na Igreja, como também na sua própria trajetória na fé. Quando perguntamos como surgiu a Celebração da Palavra na paróquia, sua resposta nos surpreendeu. “O padre José Mahon celebrava missa todo domingo às 16h e um dia, após a celebração, anunciou que se ausentaria no próximo domingo para celebrar em outra comunidade, e perguntou quem poderia fazer a celebração em seu lugar”, disse ele. “Ninguém disse nada! Depois de uma longa pausa, o Padre José acrescentou: ‘então quem pode vir aqui falar para o povo que não terá a missa?’ Conversei com o João Pacheco, o violeiro do coral da São Felipe, e chegamos à conclusão de que vir e dizer para o povo que não terá nada é pior do que fazer alguma coisa”, completou o diácono. E assim foi feita a primeira celebração de leigos da Paróquia São Felipe Apóstolo.
Elas surgiram por volta da década de 70 e não substituem a missa. No entanto, o número de padres é pequeno para atender tantas comunidades, por isso a Igreja abre espaço para a distribuição da comunhão também nas Celebrações da Palavra. Em paróquias grandes a inexistência das Celebrações da Palavra impossibilitaria a evangelização.
Desde 2017, nas comunidades da Paróquia São Felipe 33% das celebrações dominicais são “da Palavra”, mas em alguns momentos esse índice já chegou a 70%. Ajudam o diácono Celso os seminaristas e 20 ministros.
A CNBB divulgou no último mês um novo documento sobre as celebrações.
Esta matéria foi escrita em colaboração por Thatiane Mercado e Milena Mercado