Do CEU à Portugal: Semana Santa é marcada por belíssimas procissões e intensa participação dos fiéis, mesmo com fortes chuvas
A Semana Santa teve início com o Domingo de Ramos celebrado em todas as comunidades com procissões aos arredores das capelas. No “Sábado de Ramos” a Comunidade Santa Cruz foi a primeira a iniciar a santa semana. No domingo, a Comunidade Santa Lídia iniciou a procissão na Rua Cesário Parmeggiani; na Beato Oscar, a Missa começou na Rua El Salvador; a São Benedito caminhou por dentro das vielas da Pedreirinha; e a Matriz São Felipe iniciou cantando “Hosana hei, Hosana há” dentro da quadra do CEU das Artes. Em suas homilias, o Pe. Hamilton nos fez perceber a contradição do povo de Jerusalém, o qual, num dia, exalta Jesus montado num jumentinho, saudando-o com ramos e estendendo tapetes, e no outro, grita em coro “crucifica-o”.
Na quinta-feira, quatro comunidades lavaram os pés de seus discípulos e, novamente, seguiram em procissão com o Santíssimo até o lugar preparado para a vigília, com suas preces espontâneas e hinos de adoração. “Não podeis vigiar ao menos uma hora comigo?” é o que indaga Jesus ao encontrar seus discípulos dormindo no Getsêmani.
Na Sexta-feira, todas as comunidades, pontualmente às 15 horas, fizeram o ato litúrgico da Paixão do Senhor. Debaixo de chuva, Santa Cruz e São Benedito partiram com suas procissões. A Comunidade Beato Oscar Romero contou com a emocionante encenação da via dolorosa organizada pelos jovens e passou por Nossa Senhora de Fátima rumo à matriz São Felipe. Quando as três procissões se encontraram no CEU das Artes, seguiram, com guarda-chuvas abertos, até a capela Santa Lídia e, enfim, atravessaram a passarela avançando pela Avenida Capitão João até a Avenida Portugal.
Num belíssimo encontro realizado pelas paróquias da região central de Mauá (Imaculada Conceição, Nossa Senhora das Vitórias, São José e São Felipe Apóstolo), o povo católico da cidade pôde se emocionar com o teatro dos jovens da Paróquia Imaculada Conceição, mesclando o sofrimento de Jesus com o das vítimas dos mais diversos tipos de violência da nossa sociedade, fazendo alusão ao tema da Campanha da Fraternidade 2018. A peça encerrou com a retumbante ascensão de Jesus ao som de “Eis que faço novas todas as coisas”. Cansado, mas não desanimado, um grande grupo ainda retornou para o Parque das Américas em caminhada animada pelo Seminarista Joel, por alguns ministros e jovens.
Finalmente, no Sábado de Aleluia, Beato Oscar, Santa Lídia e São Felipe celebraram o triunfo da vida sobre a morte na Vigília Pascal. Mais uma vez debaixo de chuva o povo não desanimou e iniciou a missa do lado de fora das capelas, seguindo, mais uma vez, em procissão até o interior das igrejas. Na Matriz São Felipe aconteceram sete leituras, sete salmos, sete orações, uma carta, o Evangelho, ladainha de todos os santos, renovação das promessas do Batismo e o batizado de Ana Júlia e Eduardo, tudo isso não fez a assembleia se cansar. Pelo contrário, a mesma regozijou ao aguardar o acender das luzes, representando a Ressurreição de Jesus. Pe. Hamilton, em sua homilia, comparou a demora da proclamação das sete leituras à demora que Deus proporciona em nossas vidas para percebermos o que, de fato, é verdadeiro. “Vamos deixar as demoras de Deus, sejam elas quais forem, nos ensinar o que Ele quer nos dizer”, disse o padre.
E assim, com muita gana, fé e chuva de graça, literalmente, a Paróquia São Felipe viveu a Semana Santa. Que Cristo Ressuscitado viva dentro do coração de cada um de nós e possamos fazer parte desta passagem. ELE VIVE, FELIZ PÁSCOA!!!